HealthCareManagement – A Bola da Vez é o Setor de Saúde | Top Performance em Strategic Supply-Chain Mgmt. | Parte 6
(Por Alexandre Inserra)
A transferência de práticas, métodos e até de cultura entre setores econômicos distintos ocorre especialmente quando eles apresentam: (a) crescimento robusto de demanda, (b) semelhante complexidade operacional, (c) aumento da competição e das consolidações e (d) migração espontânea de talentos. Estas quatro condições estão atendidas claramente para o setor de HealthCare, em relação a vários outros, especialmente no ambiente brasileiro, mantendo taxas substanciais de atração e retenção de competências. O que tem motivado a transferência é normalmente a elaboração e a otimização de cadeias de valores altamente estratégicas e integradas, aglutinando um conjunto de melhores práticas absorvidas também da indústria de transformação. O resultado? Organizações altamente competitivas apresentando Top Performance, típicas de quem assimilou e implementou com rapidez os princípios de Strategic Supply-Chain Management.
Em várias ocasiões durante o ano de 2005, eu tive a oportunidade de voar, a partir da sede da MANAGEMENT ENGINEERS em Düsseldorf, até o EuroAirport Basel-Mulhouse-Freiburg, aeroporto binacional situado no limite de Saint-Louis e Hésingue, na França, servindo às cidades de Friburgo, (Freiburg – Alemanha), Mulhouse, (França) e Basiléia (Basel – Suíça). Meu destino final era sempre a última, importante referência da indústria química, farmacêutica e afins, (Chemical & Life-Science - CLS). Os clientes, global players em suas respectivas áreas de atuação, haviam descoberto a potência de competitividade que poderiam buscar, caso redefinissem com precisão suas cadeias de produção e distribuição.
Durante um desses voos, e não por coincidência, mas como parte do meu processo de integração ao time, fui apresentado por um colega de Projeto a uma publicação da editora McGraw Hill daquele mesmo ano, capaz de causar verdadeira disruptura, propondo que “supply-chain seja visto como ativo estratégico”, e apontando as cinco principais disciplinas nesse sentido. A publicação é uma coautoria de Shoshanah Cohen e Joseph Roussel, e foi assim descrito por Jim Miller, à época Vice-Presidente de Operações da Cisco Systems: “This book will serve as a timeless tool for those looking to transform their organization’s supply chain into a sustainable competitive advantage.”
Jim estava não apenas correto, como preciso. Para boa parte dos times profissionais da área, inclusive em solo europeu, a publicação se tornou uma grande referência, de fato, timeless. Me serve até hoje como cartilha e grande referência e recomendação: nesta semana, um colega me pediu uma sugestão de livro sobre o tema para se aprofundar. Bingo! Voltei a enviar foto da capa de “Strategic Supply Chain Management – The 5 Disciplines for Top Performance” como uma excelente fonte de conhecimento prático e para lá de atual.
O “novo normal” não será, por sua vez, “tão disruptivo assim”, a ponto de deixar a publicação e seus ensinamentos no esquecimento. Seguem tão válidas, como sempre foram. Disruptivas até, para diversos players, que ainda não se debruçaram sobre a ideia de extrair o máximo da competitividade de sua cadeia de valores, gerenciando-a de forma estratégica.
E como temos pleiteado, “a bola da vez é mesmo o setor de Saúde”, e muitos dos princípios colocados por S. Cohen e J. Roussel são empiricamente observados no mercado brasileiro de #healthcaremanagement.
Grupos empresariais que parecem ter absorvido e implementado, em grande parte, os princípios estratégicos que regem a gestão voltada para máxima performance utilizando-se de sua cadeia de valores, (mesmo que fundamentalmente pautada em serviços), como ativos estratégicos, encontram grande ressonância com o que pleiteiam direta ou indiretamente os autores na publicação aqui referenciada.
Como postura mercadológica comum, e de grande impacto na competitividade, esses top-players:
(a) entregam compromisso único de serviços com foco permanente no Cliente / Paciente, (Strategic Supply-Chain), com base em cadeias de serviços capazes de entregar excelentes experiências, com custos altamente competitivos): como temos pleiteado, nessas operações a experiência vivida e reportada é utilizada nas práticas de melhoria continua.
“É justamente posicionando o seu "Cliente ou Paciente" nas duas pontas inicial e final das cadeias de valores, que a verdadeira relevância estratégica da cadeia de valores fica evidente. Somente com esse enfoque end-to-end on the Patient, as assertivas estimativas de demanda sobre toda a cadeia podem ser aferidas. É também em seu Cliente/Paciente", que e o Gestor de Saúde e sua Equipe devem buscar a tão necessária "retroalimentação da cadeia", e "lessons-learned", caso contrário, não há elementos cíclicos de melhoria contínua para Excelência Operacional ”, como eu pleiteava anteriormente;
(b) detém decision-making processes conscientes e com alta velocidade de implementação - principalmente em questões "make/buy": clara consciência empresarial sobre as competências instaladas, e quais requerem suporte externo ou total terceirização. A novidade é levar a tomada de decisões operacionais críticas, para tempo real, e de forma autônoma;
(c) mensuram de forma eficaz a própria performance da cadeia de valores, inclusive a atuação de terceiros, e atuam para melhorá-la em ciclos P.D.C.A.s, com gestão profissional de fornecedores, incluindo ciclos proativos de desenvolvimento;
(d) gerem seus ativos prediais e clínicos de forma estratégica, (aquisição, manutenção, descarte), utilizando-se de técnicas de manutenção inteligente e de precisão, atingindo o nível ideal de disponibilidade dos ativos, pelo menor Total Cost of Ownership;
(e) utilizam-se de grande quantidade de dados, de forma estruturada e estratégica, para aferir importantes predições com relação à quantidade e natureza da demanda por seus serviços, da qualidade de seus fluxos de receita e de despesas e para perceberem sinais de mudanças comportamentais dentro e fora de seu público-alvo para gerarem valor de forma crescente. “Temos indicadores antecedentes de que a ocupação dos leitos não críticos vã continuar diminuindo.”, citou Paulo Chapchap, diretor-geral Hospital Sírio-Libanês, em excelente entrevista concedida à repórter Cláudia Collucci da Folha de S. Paulo, sem dúvida, uma das instituições símbolo de Excelência operacional no cenário atual de Saúde no Brasil.
Os princípios já transferidos e aplicados para outros setores no início deste século seguem muito atuais para todas as cadeias de valores do planeta, e estão provocando enormes saltos no setor de HealthCare no Brasil.
O NOSSO TIME tem contribuído com gestores de diversos setores na busca pela Excelência Operacional, e temos percebido crescente demanda na Área de HealthCare em absorver os conceitos apresentados didaticamente neste Artigo. Entre em contato conosco, caso você queira saber mais sobre nossas práticas ou aplicá-las no seu ambiente de negócios.
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