HealthCareManagement – A Bola da Vez é o Setor de Saúde | Gerenciamento Estratégico de Ativos Produtivos | Parte 7

(Por Alexandre Inserra e Gustavo Cerbasi)

As questões éticas e relacionadas ao cuidado com a saúde sugerem que o retorno financeiro sobre os investimentos deve ficar, supostamente, em segundo plano. Argumentos sem fundamentos sólidos existenciais podem até sugerir que a aferição de resultados na Gestão da Saúde pode trazer consigo algo de indevido, indesejado, ou até imoral. A realidade prática dos fatos nos demonstra que a aferição de resultados, (lucro), enquanto condição básica para a existência do setor, é não apenas ética, como fundamental, para que haja garantia futura da própria existência do prestador de serviços em Saúde. Superados esses pontos existenciais tão necessários, não há mais a necessidade de argumentação a favor da gestão estratégica de ativos produtivos na área de HealthCare.

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Fatos históricos demonstram, à luz de experiências análogas, que: (1) a ausência de capacidade de financiamento estatal integral das demandas por assistência médica e hospitalar à totalidade da população brasileira, apesar da alta carga tributária no país, o que torna (2) a participação do setor privado de fundamental importância, que por sua vez, (3) exige remuneração do capital investido, caso contrário, não há razão lógica para investi-lo.

Além disso, cumpre lembrar que qualquer atividade que tem a oportunidade de expandir, incluindo a de HealthCare, conta com a oportunidade de captação de recursos para investimentos via mercado de capitais. Esse tipo de recurso cobra das instituições um retorno sobre o investimento, que se não existir ou não for consistente tornará mais difíceis futuros movimentos de expansão da atividade.

Mesmo atividades médicas com funding originado em fundações sem fins lucrativos ou em endowment funds não podem ignorar a consistência na obtenção de resultados, pois negócios sem fins lucrativos mais eficientes são mais capazes de atrair novas contribuições e doações ao longo dos anos.

Como toda atividade de produção ou de serviços disputa o interesse do mercado de investidores, o Return On Investment (ROI) esperado de um Hospital não é inferior ao de outras atividades, exceto pelo fato de que atividades com menor volatilidade nos preços e na demanda podem se dar ao luxo de remunerar menos seus investidores, um desconto dado pelo menor risco intrínseco a sua atividade.

Decisões como a de adquirir ou fazer um leasing de equipamentos de elevado custo de aquisição devem levar em conta o balanceamento e equilíbrio entre Custos de Capital (Capex) e Custos Operacionais.

Atividades em expansão devem privilegiar o fôlego operacional em detrimento da imobilização de capital, enquanto atividades maduras permitem, com a estabilização das curvas de custos e de aprendizagem, uma maior concentração de investimentos em Capex.

Sem essa leitura de indicadores e a consequente oportunidade de otimizar suas curvas de evolução, a administração financeira da atividade corre o risco de ser pautada em empirismo baseado em correção de erros. Essa estratégia é ineficiente, pois obriga a gestão a administrar não somente custos de implantação, mas também custos de correção – entre eles, a depreciação de equipamentos subutilizados, manutenções mais frequentes do que o ideal e treinamento emergencial de operadores de equipamentos.

O acompanhamento de indicadores de aproveitamento dos ativos do negócio é determinante para antecipar lacunas e planejar investimentos com a devida antecedência. Dentre tais indicadores, estão a disponibilidade média dos ativos em relação a sua demanda e a otimização de custos proporcionada por equipes próprias de manutenção (ou, diante de indicadores fracos, a oportunidade de terceirização de serviços de manutenção clínica e predial).

A decisão entre internar a competência e investir em ativos próprios ou terceirizar serviços e alugar equipamentos não é única para todas as empresas de um mesmo setor. É primordial identificar competências e analisar indicadores de fôlego financeiro antes de determinar se a empresa terá sua atividade pautada em Capex ou em flexibilidade financeira com maior custo operacional. O que determinará um caminho ou outro? A resposta é simples, apesar da complexidade ferramental envolvida nela: será melhor o caminho que trouxer mais resultados, de forma consistente no longo prazo.

 

 

O NOSSO TIME tem contribuído com gestores de diversos setores na busca pela Excelência Operacional, e temos percebido crescente demanda na Área de HealthCare em absorver os conceitos apresentados didaticamente neste Artigo. Entre em contato conosco, caso você queira saber mais sobre nossas práticas ou aplicá-las no seu ambiente de negócios.

 

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Os coautores agradecem a sua atenção. Este é o artigo #15/21 e foi escrito originalmente em lingua portuguesa, e não há, por enquanto, versões em outros idiomas. Publicado de forma inédita em 09.04.2021. Por favor, deixe seu comentário abaixo. Se preferir, envie sua mensagem via e-mail diretamente para os coautores. Fique à vontade para compartilhar este artigo copiando este link. Todos os direitos reservados aos coautores e à PRIMORIUM.

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